sábado, 9 de fevereiro de 2019

Bruxa, sempre Bruxa


"Todos os dias, alguém me pergunta o que é ser uma bruxa.
Esta é uma pergunta fácil e difícil de explicar.
Uma bruxa é, antes de tudo, alguém que está em contato
com energias sutis. 
Olhamos ao nosso redor e vemos mais
do que matéria. Vemos o íntimo, o Espírito das coisas nas
coisas. E trabalhamos com este espírito.
Se você olhar a seu redor, verá que tudo se compõe de uma
troca de energias entre você e o seu ambiente. 
A física nos coloca que o Universo inteiro é composto de energia.
Essa energia possui frequências diferenciadas. 
Da mesma forma que a luz pode se decompor em cores, a energia básica
do Universo se fragmenta em diversas manifestações físicas e
mentais. 
Na origem da criação, existiam apenas algumas formas básicas de partículas
que foram se diversificando e formam hoje tudo o que você vê,
e até o que você não vê.

Os átomos que compõem tudo o que existe daqui ao infinito
são partículas fundamentais que se atraem ou se repelem.
E a força que faz com que esta atração ou rejeição aconteça
é uma energia que ninguém ainda conseguiu definir. Alguns
chamam de Acaso, outros de Deus, outros simplesmente de
Universo. 
Qualquer que seja a imagem que o Homem crie
para definir esta Força, nós bruxas acreditamos que existe
uma vontade de fazer com que as partículas se agreguem ou
desagreguem. 
Esta idéia permeia um princípio básico da
Magia: o princípio de que tudo o que ocorre possuiu uma
Vontade em sua base.

Outro dado é que a Física hoje já trabalha com a hipótese
de que o observador altera o comportamento do objeto
observado. E o que para os físicos é novidade, para nós,
bruxas, é algo antigo e comprovado.
Em síntese, a Magia consiste em trabalhar em estado
alterado de consciência para entrar em contado com
as Energias Básicas por trás das coisas; e manipular
sua manifestação de acordo com a Vontade Maior do
Universo, em sintonia com a vontade da bruxa.

Dois elementos básicos entram na composição desta
manipulação: a crença de que é possível e o desejo
sincero de se conseguir esta manipulação. Dois
elementos poderosos - fé e desejo - que podem
modificar tudo que existe em você e fora de você.
Isto é Magia. Isto é ser bruxa!"


By Jeane Silveira em Witch Club House

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

FLOR DE LÓTUS




A flor de Lótus é uma espécie de flor aquática, com muitos significados para os países do Oriente, especialmente o Japão, o Egito e a Índia. Ela é considerada sagrada e um dos símbolos mais antigos e mais profundos do nosso planeta. Nos ensinamentos do budismo e hinduísmo, a flor de lótus simboliza o nascimento divino, o crescimento espiritual e a pureza do coração e da mente.
O significado da flor de lótus começa em suas raízes – literalmente! A flor de lótus é um tipo de lírio d’água, cujas raízes estão fundamentadas em meio à lama e ao lodo de lagoas e lagos. O lótus vai subindo à superfície para florescer com notável beleza. O simbolismo está especialmente nesta capacidade de enfrentar a escuridão e florescer tão limpa, tão bonita e tão especial para tantas pessoas.
À noite as pétalas da flor se fecham e a flor mergulha debaixo d’água. Antes de amanhecer, ela levanta-se das profundezas novamente, até ressurgir novamente à superfície, onde abre suas pétalas novamente. Por causa desse ritualismo, os egípcios antigos associavam a flor de lótus com o deus do sol Ra, porque a flor se fecha durante a noite e se abre todas as manhãs com o ressurgimento do sol.

Ela cobre as planícies alagadas do Oriente, do Egito à China. E é venerada em todo o mundo por milhões de pessoas, que a consideram o símbolo máximo da pureza espiritual.
A fumaça do incenso envolve como nuvens os monges budistas do templo Doi Suthep, construído no século XIV nos arredores da cidade de Chiang Mai, no norte da Tailândia. Ao amanhecer, como de costume, eles levam nas mãos os botões rosados da flor de lótus, espalhando um perfume suave no ar. Com voz grava murmuram um dos principais mantras, os cânticos sagrados do Budismo: "Om mani padme hum". Originária do antigo idioma sânscrito, a frase significa: "Ó jóia preciosa de lótus". Terminada a oração, eles depositam uma quantidade tão grande de lótus sob os pés de Buda que quase soterram a imagem sagrada. 
Milhões de pessoas de vários países asiáticos acreditam que o mantra do lótus tem a capacidade de transformar as pessoas em seres puros e iluminados, como o próprio Buda. As palavras sagradas desse canto estão gravadas em bandeiras coloridas ao vento, nos sinos que chamam para as cerimônias, em anéis e pulseiras, nos enormes moinhos de orações que são girados nos templos pelos toques das mãos dos fiéis. Tibet, Tailândia, Índia, Nepal, Butão, Indonésia, China... É difícil encontrar um país da Ásia onde o lótus não seja considerado sagrado. 
Na Índia, por exemplo, ele está relacionado à criação do mundo. De acordo com as escrituras indianas, foi do umbigo do deus Vishnu que teria nascido uma brilhante flor de lótus, e dela surgido outra divindade, Brahma, o criador do cosmo. Nas gravuras indianas, deuses costumam aparecer em pé ou sentados sobre a flor. São assim, por exemplo, as representações do deus-elefante Ganesha, de Lakshmi, a deusa da prosperidade, e de Shiva, o criador e destruidor. 
No interior das pirâmides e nos antigos palácios do Egito, o lótus também é representado como planta sagrada pertencente ao mundo dos deuses. Como na Índia, essa flor testemunha a criação do universo. Um dos mais interessantes relatos da mitologia egípcia sobre a origem de nosso planeta conta que, num tempo muito distante, um cálice de lótus com a s pétalas fechadas flutuava nas trevas. Entediada com o vazio, a flor pediu ao deus Sol Ra que criasse o universo. Agradecida pelo desejo realizado, a flor passou a abrigar o deus Sol em suas pétalas durante a noite, de onde ele saía ao amanhecer para iluminar sua criação.


Já os chineses tinham outra interpretação, que ia além da mitologia: eles associavam a flor ao órgão genital feminino. Na China antiga não havia elogio melhor para uma cortesã do que ser chamada de Lótus de Ouro, segundo informam os pesquisadores franceses Jean Chevalier e Alain Gheerbrant no livro Dicionário de Símbolos. Explica-se assim por que entre os chineses a planta é tão associada ao nascimento e à criação. 
Mesmo assim, o lótus não deixa de fazer parte das tradições religiosas daquele país. A deusa do amor e da compaixão Kuan Yin, a mais venerada entre as divindades femininas na China, é representada com flores de lótus ainda fechadas nas mãos e nos pés. Como o botão da flor tem o formato do coração, os fiéis acreditam que a planta teria o dom dos sentimentos amorosos. 
Os chineses acrescentam ainda outras qualidades preciosas ao lótus. Segundo eles, a haste dura simboliza a firmeza, a opulência de sementes estaria relacionada à fertilidade, as folhas - como nascem juntas - indicariam felicidade conjugal e a opulência da planta, prosperidade. O passado, presente e o futuro também seriam simbolizados, respectivamente, pela flor seca, pela aberta e pelas sementes que irão germinar. 

Nas pinturas dos artistas tibetanos, linhagens de budas e homens santos aparecem flutuando sobre flores de lótus - uma representação dos tronos da suprema espiritualidade. Nas escrituras budistas do Tibet, conta-se que o pequeno Buda já podia andar ao nascer e que, a cada passo, brotavam flores de lótus de suas pegadas - um sinal de sua origem divina. Hoje, muitos monges e fiéis dessa religião visualizam essa mesma cena enquanto caminham, imaginando que flores de lótus surgem debaixo de seus pés. Com essa prática meditativa, acreditam eles, estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda simbolizados pela flor. 


Uma flor enigmática

 A flor de lótus (Nelimbonaceae nucifera) fascin não só os adeptos das religiões das religiões orientais. Faz muito tempo que especialistas em botânica tentam desvendar alguns mistérios dessa planta. Pesquisadores da Universidade da Adelaide, na Austrália, por exemplo, estudam uma estranha característica da flor: assim como os seres humanos, ela é capaz de manter sua temperatura em torno dos 35 graus. Esse sistema de auto-regulação de calo, compreensível em organismos complexos como o dos mamíferos, continua inexplicável para a ciência. Cientistas do Instituto Botânico da Universidade de Bonn, na Alemanha, estudam outra curiosidade do lótus: suas folhas são autolimpantes, isto é, repelem micro organismos e poeira. Entender esse mecanismo, dizem os alemães, poderia ser útil para aplicá-lo na limpeza de fachadas de edifícios.A vida no pântano: Cultivada em áreas alagadas, a flor de lótus brota com facilidade em praticamente toda a Ásia. Sua haste, muito comprida, pode alcançar mais de 1 metro acima do nível da água. Depois de colhida, a flor terá uso medicinal ou irá servir a ritos religiosos. Raízes no Ocidente: Originária da Índia, a flor de lótus chegou ao Ocidente no século IV antes de Cristo. Foram os gregos os primeiros a conhecer a planta, presenteados pelos egípcios. A flor espalhou-se pelo restante da Europa, onde foi apreciada por sua beleza particularmente pelos pintores. A história conta que certos povos da América Central já a conheciam. Sacerdotes do México, por exemplo, embriagavam-se como efeito alucinógeno produzido por um extrato da planta, pouco antes dos primeiros espanhóis pisarem na América. No Brasil, o lótus foi trazido pelos japoneses na década de 20 e é hoje muito cultivado na região de Bragança Paulista, interior de São Paulo, com finalidade medicinal. Segundo a medicina chinesa, a planta é consumida principalmente como chá por possuir qualidades terapêuticas que vão desde a cura de doenças renais e pulmonares até o combate do stress e da insônia. Apesar da aparência delicada, a flor de lótus não exige cuidados para crescer. Mas só é colhida no outono e no inverno, quando a temperatura é mais amena. 

(O texto é retirado da revista Terra, Fevereiro de 2000)
 Fontes: www.vivernatural.com.br ,

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Prece para afastar os maus Espíritos



"Os maus Espíritos não vão senão onde acham com o que satisfazerem sua perversidade; para afastá-los, não basta pedir-lhes nem mesmo ordenar: é preciso despojar de si o que os atrai. 
Os maus Espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo; do mesmo modo que limpais o corpo para evitar a bicheira, limpai também a alma de suas impurezas para evitar os maus Espíritos.
Como vivemos num mundo onde pululam os maus Espíritos, as boas qualidades do coração não nos colocam ao abrigo de suas tentativas, mas dão a força de lhes resistir."

Prece:

" Em nome de Deus Todo Poderoso, que os maus Espíritos se afastem de mim, e que os bons me sirvam de proteção contra eles.
Espíritos malfazejos, que inspirais aos homens maus pensamentos; 
Espíritos trapaceiros e mentirosos, que os enganais; 
Espíritos zombadores, que vos divertis com sua credulidade, eu vos repilo com todas as forças de minha alma e fecho o ouvido às vossas sugestões; mas peço para vós a misericórdia de Deus.
Bons Espíritos, que dignai-vos me assistir, dai-me a força de resistir à influência dos maus Espíritos, e as luzes necessárias para não ser vítima de seus embustes.
Preservai-me do orgulho e da presunção; afastai do meu coração o ciúme, o ódio, a malevolência e todo sentimento contrário à caridade, que são tantas outras portas abertas ao Espírito do mal."
Assim é, assim está feito.

Fonte: trecho do livro O Evangelho segundo o espiritismo de Allan Kardec