Do livro: Minhas Orações - Masaharu Taniguchi
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Também conhecida como crise de pânico ou ataque de pânico, a crise de ansiedade é caracterizada por um momento em que os sintomas de ansiedade se manifestam de forma acentuada e súbita, com sintomas físicos importantes acompanhados de medo e preocupação intensas.
Estes sintomas estão vinculados à ativação do nosso sistema nervoso simpático, também conhecido como o sistema de reação de luta ou fuga. Alguns sintomas da crise de ansiedade podem variar de indivíduo para indivíduo, mas em geral, incluem:
Como os sintomas costumam surgir sem motivo aparente, eles tendem a assustar o indivíduo que pode facilmente confundir os sintomas com algo orgânico, como um infarto. Quando há suspeita de crise de ansiedade de um indivíduo que não realiza acompanhamento psiquiátrico e não possui suporte medicamentoso, é importante que a pessoa seja acalmada, e que seja encaminhada para um atendimento especializado, no intuito de investigar o ocorrido.
Não existe uma única causa que leva a pessoa a sofrer uma crise de ansiedade. Alguns fatores, sozinhos ou combinados, podem servir como gatilho para as crises, tais como: situações de estresse, depressão, traumas psicológicos, doenças físicas e até mesmo aspectos genéticos que podem influenciar nesse sentido.
Vale ressaltar que os motivos ou “gatilhos” das crises variam de pessoa para pessoa, e a identificação dos mesmos é de profunda importância para um tratamento e controle adequado. Desta forma, o acompanhamento psicológico ou psiquiátrico se faz importante desde o primeiro episódio, para que as crises não se tornem recorrentes, desencadeando um transtorno de ansiedade.
É essencial oferecer um ambiente seguro e acolhedor, que priorize a escuta e a presença. Além disso, você também pode contribuir de algumas outras maneiras como:
Encorajar a pessoa a respirar com calma é importante para quebrar o ciclo de respiração ofegante, promover o relaxamento muscular e desacelerar o pensamento. Demonstre presença e encoraje a pessoa em crise a realizar um exercício de respiração junto com você.
O contato visual é mais uma demonstração de presença. Durante uma crise, é importante que o indivíduo sinta que não está sozinho e, mais do que isso, a troca de olhares será um ponto de referência para que ele possa se centrar, fazendo com que se concentre em outras coisas e se esqueça dos pensamentos ruins.
O ambiente em que a crise começou pode causar desconforto. Convide a pessoa a fazer uma caminhada e leve-a para um outro lugar tranquilo.
Cada pessoa lida com a crise de ansiedade da sua maneira. Algumas pessoas preferem desabafar, outras sentem vergonha. Por isso, sempre pergunte se ela tem algo a dizer. Ofereça uma escuta ativa e empática, que não minimize o seu sofrimento, sem frases que demonstrem incompreensão ou que digam como ela deveria se sentir.
Algumas pessoas preferem receber toques carinhosos, outras não. Se a pessoa não quer contato físico, não force; se ela não quer falar, não insista. Neste momento, você deve respeitar o espaço da pessoa e acolhê-la a partir das demandas dela, e não do que você acredita ser o ideal.
Se você estiver passando por um momento difícil ou conhece alguém nessa situação, saiba que a ajuda profissional é essencial para vencer esse obstáculo. As crises de ansiedade têm cura e não se deve sofrer com isso para sempre.
Procure ajuda psiquiátrica antes que haja a evolução do quadro, o que pode dificultar o tratamento.