Assim como os pensamentos negativos podem ser aprendidos, os pensamentos positivos e otimistas também. Esta foi uma das descobertas de Martin Seligman que apoiaram seus estudos sobre a Psicologia Positiva.
Para ele, se a positividade poderia ser desenvolvida, todos os demais aspectos relacionados a ela também poderiam. Assim, estavam nascendo novos caminhos para o ser humano encontrar seu bem-estar e felicidade autêntica.
Na década de 1990, quando foi presidente da Associação Americana de Psicologia; Martin Seligman, depois de ter dedicado anos de sua carreira ao estudo das desordens mentais, com foco nos estados mentais e na depressão, passou a defender com fervor o reconhecimento e aplicação da Psicologia Positiva. Presidente da Associação Americana de Psicologia (APA), ele deu uma palestra para apontar algo que considerava importante: a psicologia precisava dar um novo passo. Era necessário estudar, a partir do ponto de vista científico, tudo que faz o ser humano feliz. Dessa forma, a psicologia poderia ajudar as pessoas a construírem uma realidade mais satisfatória. Um dos marcos deste momento de transformação foi exatamente o lançamento do seu livro – Felicidade Autêntica, onde apresentou seus primeiros estudos e embasamentos sobre a ciência do bem-estar.
Na publicação, o autor defendia que a felicidade era algo essencial e, como tal, ela deveria ser cultivada todos os dias por meio das forças e virtudes e de ideias e atitudes de: otimismo, gentileza e bom-humor.
Para ele –“A psicologia deveria possibilitar muito mais do que somente reparar o que está errado, devendo identificar e nutrir o que existe de melhor nos indivíduos, para que o reconhecimento das virtudes humanas possa contribuir para a prevenção das patologias e dos danos”.
Martin Seligman passou anos desenvolvendo a teoria de bem-estar que ele chamou de modelo PERMA. O modelo compreende 5 elementos, que criam a base de uma vida florescente:
- Emoções positivas
- Engajamento
- Relacionamentos
- Significado
- Realizações
Cada um desses elementos tem três propriedades:
- Contribuem para o bem-estar;
- As pessoas buscam cada um deles por si mesmos, não apenas para alcançar os outros elementos;
- Cada um deles é medido e definido independentemente dos outros elementos.
É claro que nenhum psicólogo positivo respeitado diria para você pensar, agir e se concentrar apenas no positivo da vida – o equilíbrio é importante.
A psicologia positiva não foi estabelecida para substituir a psicologia tradicional, mas para complementá-la com um viés positivo tão forte quanto o viés negativo da psicologia nas últimas décadas.
Martin Seligman foi o pioneiro da Psicologia Positiva, no entanto, podemos dizer que esse termo foi criado na época por Abraham Maslow. Maslow formulou as suas teorias de forma muito intuitiva e praticamente sem nenhuma evidência empírica e metodológica. Portanto, deixou esse interessante legado nas mãos de uma nova geração de psicólogos que, desde os anos 90, são uma referência no campo do estudo da felicidade.
Esses psicólogos que coletaram o testemunho de Maslow, como o próprio Seligman, Ed Diener e Mihaly Csikszentmihalyi , se aprofundaram no estudo das emoções positivas de um ponto de vista científico e rigoroso, averiguando os processos, as dinâmicas e as situações que podem afetar mais a nossa saúde, o desempenho e a satisfação geral com a vida. Além disso, algo que Martin Seligman enfatizou na época é que esses estudos deviam ter como objetivo ensinar as pessoas a serem mais felizes.
A psicologia não se concentra apenas nos comportamentos pouco saudáveis. Também ajuda na educação, no trabalho, no casamento e até nos esportes.
Os psicólogos trabalham para ajudar as pessoas a desenvolverem pontos fortes em todas as áreas”.
– Martin Seligman –
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